segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Verdadeiro Canalha, por Bezerra da Silva

Ao chegar à uma modesta venda (um barzinho) na Comunidade de Sacambú, Engenho Buranhém, Cabo - PE, vi pregado na parede um calendário com a foto de um vereador completamente inoperante, inútil e cara de pau, vizinho meu.

Perguntei ao senhor que cuidava da venda se ele (o vereador) era um cara legal.
A resposta foi um animado "inhapôi".

Pensei comigo: olha aí como esse "fdp" se re-elegeu: às custas de gente humilde e trabalhadora, que não faz ideia de como os vizinhos desse palerma estão revoltados com o tremendo deserviço que este debilóide presta à sociedade, que sofre com a violência desenfreada, com uma educação "merda" e epidemia de drogas recrutando jovens sem perspectiva de uma vida melhor, sem espaço público para lazer, sem qualificação profissional..

Este vídeo é parte de um desabafo que eu gostaria de compartilhar com todos os cabenses, pernambucanos e brasileiros que não aguentam mais tantos desmandos, tão frequentes na política, ciência belíssima desenvolvida por filósofos e pensadores que foi "prostituída" por cafetões e cafetinas que "não valem o que o gato enterra", como diz o dito popular.

Este acontecimento me inspirou a criar este vídeo. Veja o resultado:

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Mais Complexo Estado de Espírito

Sinto-me com aguçados sentidos, "viajando" em percepções jamais notadas antes...
Assim, meio que sem querer, acabei descobrindo que tem um pedaço do caminho da vida
de cada um de nós que é trilhado na solidão.
Ainda que cercado por dezenas de pessoas, decisões implicam em pelo menos minutos de Solidão...
A solidão é o mais complexo estado de espírito, pois, por ser sozinho e enigmático, exigi-nos grande esforço para ser desvendado.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pesado Demais...


Ando pegando pesado demais, às vezes.
Levo tudo muito à sério.
Gasto tempo pensando demais.
Ando envelhecendo semanas em dias, eu creio.
Ando perdendo o brilho da Lua, vez em quando.
Choro por todos, por tudo e por nada.
Não consigo deixar essa mania de sentir as dores de tudo.

Ando pegando pesado demais, às vezes.
Meus algozes desfrutam de paz interior?
Como conseguem? Digam-me, por Cristo!
Como são capazes de brindar sob tão forte chuva de sangue?

Eu ia caminhando e entregando panfletos.
De repente, de longe avisto um grande ídolo:
Um pensador de minha cidade, cujas palavras me emocionaram muitas vezes.
Ele parou no tempo, por um momento, fitou-me e disse:
"É debalde!"
"Como assim 'debalde'?", perguntei.
E ele insistia com pesares no olhar:
"É debalde, filho".

Deixei-o ir.
Por instantes senti-me impotente,
Sem fôlego e com medo.
Logo ele que me pregava as dádivas de Brecht:
"Lutai, lutai, sem cessar! Nada é impossível de mudar!"

Eu mesmo assim continuei pegando pesado.
Livros me engoliam,
Eu não mais os lia... Era tipo "osmose" nossa relação.

Acho que preciso apagar a luz novamente,
Deixar Chopin ninar esse "coco oco" quente.
Quem sabe preciso deixar as janelas abertas novamente.
Às vezes chove e molha aqui dentro de mim.
Daí eu vou dormir pensando que amanhã poderá ser tudo diferente,
E que nosso tempo chegará em breve!
O tempo em que temeremos menos o Apocalipse de nossa era sombria.
O tempo em que a dor alheia não será mais atrativa, na hora do almoço.

Tempo...
O tempo tudo arruma e tudo desfaz.
Entrego-me em seus braços,
E que ele faça o que bem entender de mim.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Buranhém - Relatos durante a fuga do carnaval.


Quando eu chego nessas terras em sinto uma paz de espírito imensa. 
Não sei bem como descrever. É que sinto um alívio muito constante e arejado quando piso no chão daqui.
É como se sentisse o sabor do ar puro correndo em todo meu sistema respiratório.
Aqui eu me sinto mais leve, sem pesares, sem necessidade de saber de muita coisa, ter boa oratória  ou impressionar as pessoas...
Aqui o que impressiona é o vento e o céu limpo, cheio de nuvens, de um azul celeste que mais se parece a pintura refinada das paredes do Paraíso.
A sintonia do ambiente é simplesmente perfeita, não há atropelos:
O canto dos pássaros, o balançar dos galhos das árvores que são acariciadas pelo sopro dos ventos frios que trazem a magia da floresta.
A vontade é de ficar aqui o tempo todo, a fim de fugir da paranoia barulhenta da cidade quente, poluída e intransitável.
Por aqui eu não tenho necessidade de conexão rápida. 
Minha conexão é suave, lenta e constante com a Senhora Mãe Natureza.

Buranhém me faz perceber quão importante é manter-se sintonizado com o meio ambiente, de forma a perceber eu sou uma partícula do Todo e o Todo faz parte de mim.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Caso Renan Calheiros

Um amigo me comentou: 
"Cara, você não escreveu nada sobre Renan Calheiros no blog? Fui lá pra ver e nada..."

Eu respondi meio por fora: "É mermo, cara... Ando num corre-corre tão grande que nem fiz nada, oh..."

Na verdade, eu só não quis dizer que não tive estômago de saber que vou falar tanto e os outros vão cagar e andar pro que eu disser, inclusive o Renan, a mídia, José Sarney, o escambau...


Deixa eu falando mal do BBB mesmo que daqui a pouco, de maneira cronologicamente natural, essa peste se acaba (pelo menos a edição desse ano).

Acredito que essa falta de estômago para falar sobre esse fato ultrajante, seja por eu gostar muito de política, quanto ciência, concebida, estudada e desenvolvida por pensadores e filósofos gregos e romanos, e escarnecidas pelos políticos surrupiadores, inúteis, tiranos e traidores que temos no Brasil, com raras exceções.

O Brasil é um país "puta" lindo e animado, porém, isto aqui é terra sem lei, onde os que deveriam pensar numa "polis" melhor, escarnece esse papel tão lindo e importante na sociedade, e passam a "parasitar" diabolicamente como gonococos que se alimentam mamando nas "tetas do poder público". 

Seria muito legal e justo se os políticos corruptos, cujas fraudes fossem descobertas e comprovadas - via escutas telefônicas, por exemplo -, recebessem chicotadas nos testículos para aprenderem, na marra, que roubar remédio de crianças, contribuir com a miséria, pobreza, epidemias desenfreadas de drogas, exclusão social total e roubo da consciência alheia é feio.

Em fim... Foi por isso que eu não fiz um post sobre a biografia e principais acusações do Renan calheiros. Por não ter paciência de gastar tempo com algo tão repetitivo no Brasil, país que considero um grande circo cheio de palhaçadas sem a menor graça.

Mas que se dane esse negócio de senador corrupto. O importante é que o povo continua tendo samba, carnaval, futebol, BBB's e a Copa de 2014!