domingo, 25 de agosto de 2013

Veja X Pragmatismo Político: Por que as abordagens jornalísticas sobre um único tema são TÃO diferentes?


No meu modesto ponto de vista, o Pragmatismo Político trata o tema com lucidez e IMPARCIALIDADE, resgatando fatos históricos e contextualizando a reportagem. Não exalta nem diminui. A linha editorial seguida pelo Pragmatismo Político é quase breachtiana. Quem conhece esse autor sabe do que estou falando...

Já a VEJA estampa na capa da revista: "O bando dos caras tapadas. Quem são os manifestantes do Black Bloc, que saem às ruas para quebrar tudo?".

Qualquer um consegue perceber, a partir do título da matéria, que o interesse da Veja é "pichar" a imagem de mais uma forma de manifestação política da sociedade. Obviamente que o direito de expressão deve ser horizontal e igualitário. É dizer: se os BB têm o direito de se expressarem, a Veja também o tem. No entanto, o problema é quanto um veículo de altíssimo alcance em esfera nacional, tendenciosamente molda os fatos de acordo com interesses particulares de determinados "grupos" da sociedade. Um veículo jornalístico deveria prezar pelos FATOS, e não fazer o uso de “dois pesos e duas medidas”.

Leia as duas matérias, tanto a da Veja quanto a do Pragmatismo Político, e tire suas próprias conclusões.

Não estou sendo defensor dos Black Bloc. Esse não é meu interesse com essa postagem. Ainda tenho muita pesquisa a fazer para poder formar minha opinião sobre essa filosofia de ativismo político. Minha maior preocupação é a maneira escrachada como a "grande mídia" ludibria as pessoas, o que acaba por dificultar o processo de compreensão de um assunto, e, consequentemente, de formação de opinião.

O jeito é sempre "duvidar", dá mais trabalho, mas é mais seguro... Cair na pesquisa, ver entrevistas, e diversificar a fonte.


Idioma Música



"Para se comunicar com o mundo inteiro, usa-se o idioma inglês.
Para se comunicar com as almas do mundo inteiro, usa-se o idioma MÚSICA".


sábado, 24 de agosto de 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

terça-feira, 20 de agosto de 2013

As duas portas do meio

Acho que a primeira coisa que tentamos fazer foi lembrar o nome um do outro.
Confesso que não consegui tal proeza de imediato. Somente alguns minutos depois me veio seu nome à cabeça. 
Talvez depois de ter tentado várias combinações de vogais com as 9 consoantes que antecediam o "J" de "jogo", cheguei à conclusão que o "J" era de "Jailma". Isso! 
É esse seu nome!
Eu nem planejava pegar o ônibus sentido "centro". Meu destino era a Cohab. Foi engraçado. Foi rápido demais. 
Não consegui abraçá-la, nem deu tempo para "por o papo em dia"; e isso depois de tantos anos...
Ela estava sentada na parada de ônibus muito bem produzida e peteada. Portava uma bolsa pequena e alguns livros e cadernos. Acredito que voltava de alguma faculdade.
De repente as portas do meio se abriam aos poucos, enquanto eu mexia no telefone celular sentado nos degraus do coletivo onde todos já haviam se acomodado, menos eu.
Ela olhou para mim com cara de surpresa, como quem dizia "minha nossa, olha quem está ali!".Acredito que a minha cara também lhe deixou transparecer o mesmo! 
Por cerca de 3 ou 4 segundos fitamo-nos, muito possivelmente sem sabermos ao certo o que falar.
Eu pensei: "O que dizer? Bem... Não vai dar para pedir o número dela. Não daria tempo."
E em fração de segundos resolvi fazer aquela velha pergunta de pessoas que não se vêm há muito: "Você 'tá' morando onde agora?", para receber um "No mesmo lugar!", como resposta.
Daí então desceram os cerca de 3 passageiros que ficariam naquela parada onde Jailma estava. Eu me levantei, logo depois do fechar das duas portas do meio, - ainda com um sorriso no rosto e com vontade de continuar a conversa-, para tentar acompanhar com a vista seu "acenar" ao brilho de um sorriso em seus olhos tão negros...

Pena que não me lembro onde é ao certo esse "no mesmo lugar".

Kurt Spörk

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Maior do que EU

Ás vezes sinto-me maior do que meu corpo.
É como se eu não coubesse em mim mesmo.
Sei lá... É gozado. 
Sinto-me apertado numa matéria que carece de algo.
Algo dentro de mim, quem seja minh'alma, espírito, neurônios ou o conjunto disso tudo fica a ponto de explodir.
A vontade é de sair voando por aí e respirar o máximo de oxigênio possível.
A vontade é de beber a água de todas as chuvas que chovem de madrugada.
Gosto do silêncio da noite.
Na calmaria noturna eu fico calado escutando o silêncio, e admirando os astros dos Céus.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Ela cai

Gosto muito de ouvir música...
Ao acordar, na primeira oportunidade que eu tenho, ligo o som para poder ter um dia melhor.
A música é indispensável para mim, pois dialoga com a minha alma e me faz muito bem.
Hoje pela manhã havia uma pequena disputa sonora: o som do aparelho eletrônico e o som da chuva que caia tímida formando um arco-íris por detrás da colina.
Meus sentidos se aguçam quando sinto cheiro de terra molhada e o friozinho suave da chuva que desliza.
Baixei o volume de minha música para ouvir a música do Universo. O afago dos Céus sobre nossas cabeças tão cansadas de um mundo de ponta-cabeça.
A chuva é linda! 
Ela cai sobre as cabeças dos ricos e dos pobres.
Cai sobre as cabeças dos bons e dos maus.
Cai sobre os telhados de casas grandes, casas pequenas, casebres e palafitas.
Ela molha a plantação de seu Genaro, de dona Maria, de Paulo Vitor e Marcos André.
Ela molha todas as plantações, e,  em quanto molha, canta afinada na companhia dos ventos e às vezes com o grave dos trovões.

Maruto

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Subversivos, mas amigos...

É bom estar na presença deles porque me encantam...
Me encantam pelo fato de notarem o abstrato, ou pelo menos tentarem.
São amantes dos animais, das gentes e da natureza. 
Para eles, um nascer do sol é bem melhor do que um campeão de bilheteria no cinema.
Eles não se exibem com produtos high tech. Pelo contrário: em seus momentos de prosa denunciam o consumismo exacerbado e desnecessário sob qual vive nossa contemporaneidade tão ironicamente "evoluída".
Gosto deles porque se riem, e causam risos, com uso de onomatopeias ridículas, como a de um cachorro velho chapado remoendo um "uaaau, uau, uau, uau..." 
E como se riem com essa babaquice!
Eles me põem em constantes crises pois não economizam no dizer, e isso me ajuda a repensar minhas velhas ideias formadas sobre tudo.
É... Eles não são de um todo polidos. 
Etiqueta é aquilo que carregam na parte de trás da camisa. O resto é comédia.
Não se consegue ter uma conversa séria de gente grande com eles. 
São subversivos o suficiente para transformar TUDO em piada... Até a própria vida!
O que querem eles se não a liberdade para pensarem em paz?
Ouço-os gritando com toda a força da alma que estão vivos e sentindo seja lá o que for!
Emoções não são selecionáveis. Elas aparecem, os pegam de surpresa e os fazem sentir como se fossem seres humanos; demasiadamente humanos...
Ah, como são admiráveis, respeitáveis e agradáveis estes, cujos caminhos acabaram por cruzarem os meus, onde a sorte me fez chamá-los de "amigos".

Lyra Richard